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Violência Política de Gênero: Katyane Leite tem audiência; Emileny sofre ameaças

Violência Política de Gênero: Katyane Leite tem audiência; Emileny sofre ameaças

Após o caso envolvendo o vereador Emanuel Nascimento contra Katyane Leite, na Câmara de Pedreiras, agora o vereador Corró e a vereadora Emileny Oliveira protagonizam mais um lamentável episódio.

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A violência política de gênero ganha mais um capítulo nos parlamentos do Médio Mearim. Após o caso envolvendo o vereador Emanuel Nascimento contra Katyane Leite, na Câmara de Pedreiras, agora o vereador Corró e a vereadora Emileny Oliveira protagonizam mais um lamentável episódio.

Katyane Leite entrou na justiça e nesta semana teve a primeira audiência, coincidentemente na mesma semana do embrólio envolvendo os parlamentares trizidelenses.

Pedreiras: Sem acordo de conciliação

Nesta quinta-feira (14) aconteceu a audiência preliminar no Fórum de Pedreiras, para um possível acordo. Os vereadores Katyane Leite e Emanuel Nascimento compareceram com seus respectivos advogados.

“A audiência era com a finalidade que chegássemos a um consenso. Então o vereador Emanuel disse que a proposta dele seria pedir desculpas e se retratar pelas redes sociais, ao que meu advogado me concedeu a palavra e eu respondi que já havia se passado nove meses do episódio, que o vereador poderia ter tido a humildade de fazer isso lá no início, mas quando se pronunciou se dirigiu às mulheres de forma generalizada e não à mim, que tinha sido a vítima, o que me faz acreditar que o mesmo tem algo pessoal contra mim, pois já tentou me desqualificar em outros momentos, então não aceitei porque só agora depois desse tempo todo ele tomou essa decisão, e pedi para dar continuidade ao processo”, esclarece Katyane Leite.

O caso repercutiu muito, no Brasil inteiro e até mesmo em outros países e reverbera até hoje. No caso de Pedreiras (Katyane e Emanuel) são três diferentes processos: um cível, um criminal e um eleitoral.

Trizidela do Vale: ameaças

A Câmara Municipal de Trizidela do Vale está vivendo dias conturbados com a eleição antecipada da mesa diretora, e na sessão de quarta-feira (13), dia da votação, os debates foram acalorados, numa sessão que o vereador Corró foi eleito presidente para o biênio 2023-2024, resultado que acabou sendo posteriormente anulado pela atual mesa diretora.

Na oportunidade, num discurso contundente, a vereadora Emileny acusou o colega Corró de ter sido condenado a devolver R$ 254 mil desviados da Câmara. “É esse presidente, corrupto, que vocês querem eleger?”, disparou.

Corró afirmou que a eleição da Mesa Diretora da Câmara está nas mãos da justiça e não é a vereadora que vai decidir. “Não se preocupe com isso que isso não é seu, a responsabilidade é minha e você também não é santinha não que eu sei que tem alguns problemas”, disse.

A vereadora diz que Corró foi infeliz na ameaça e cometeu violência política contra a mulher por, segundo ela, ele ter dito que iria pisar na sua cara.

A mulher, que hoje é minoria nos parlamentos municipais e na política de maneira geral, vem passando por constrangimentos, ameaças, desentendimentos, que em nada fortalecem a democracia, papel principal, bandeira de ordem na vida pública. As diferenças não devem e não podem se sobrepor ao papel institucional do parlamentar.

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