A corrida ao Palácio dos Leões já começou. Lahésio Bonfim está na estrada há alguns meses em franca pré-campanha; Weverton Rocha anuncia sua arrancada partir de Imperatriz, segunda maior cidade do Estado; Carlos Brandão tem feito visitas e inaugurações em agendas oficiais em vários municípios e recebido prefeitos em seu gabinete; Simplício Araújo vem fazendo aparições frequentes e já definiu que é pré-candidato a governador do Maranhão.

Enquanto isso, Roseana Sarney, que lidera as primeiras pesquisas eleitorais, dá sinais de que não deve disputar a vaga no executivo maranhense, embora aliados tentem fazer com que ela entre nesta disputa. Edivaldo Holanda Júnior, ex-prefeito de São Luis e Roberto Rocha se articulam.

Diante disso e faltando mais de um ano para as eleições estaduais que decidem a sucessão de Flávio Dino, fica a seguinte pergunta: Quem decola para o Governo do Maranhão? quem teria chances reais de sentar na cadeira central do Palácio dos Leões de acordo com o cenário atual?

O senador Weverton Rocha está dando a largada oficial na sua pré-campanha no município de Imperatriz, segunda maior cidade e colégio eleitoral do estado, onde no sábado, dia 14, fará o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Maranhão.

Weverton Rocha nutre um projeto muito pessoal de ser governador e embora apareça bem nas pesquisas, depende do apoio do governador para seus intentos, o que parece não ser pensamento de Flávio Dino, que segura com rédeas curtas o seu grupo político. Já há indícios fortes de que o senador deve entrar com ou sem o apoio do Palácio dos Leões.

Assim o pedetista poderia provocar um racha no grupo do governador, e a estas alturas do campeonato essa movimentação pessoal dos pré-candidatos à sucessão de Dino parece ser algo que já está dando dores de cabeça ao homem forte do Maranhão.

Carlos Brandão, atual vice-governador deve ter seu assento antecipado com a saída de Flávio Dino para a disputa de uma vaga no Senado, o atual governador, aliás, tem vaga praticamente consolidada, de acordo com o atual cenário político. Então, com isso, Brandão será um candidato sentado na cadeira de comando, facilitando assim o crescimento natural de seu nome nas eleições de 2022.

O atual vice-governador goza ainda da confiança de Flávio Dino, com quem mantém uma parceria leal há anos e se solidificou ainda mais ao longo dos tempos como é visível, considerando que Brandão tem se destacado, tem assumido com frequência o cargo em ausências do governador e tem estado à frente de interesses importantes do Estado, se disponibilizando sempre que chamado para o front.

Roseana Sarney, embora apareça na liderança em pesquisas eleitorais já declarou a não participação nestas eleições na chapa majoritária, tendo veiculado notícias de que poderá concorrer, é uma hipótese ainda em construção. Mesmo que entre nesta disputa, acredito que pesa sobre ela uma rejeição que impede um crescimento vultuoso de sua possível candidatura, cuja sobrecarga se dá por conta dos quatro mandatos já cumpridos no executivo estadual.

A ex-governadora deve ser mesmo candidata a deputada federal, com eleição relativamente fácil. Há até um ensaio de possibilidade de união de Roseana com o grupo de Flávio Dino, assumido publicamente pela presidente do MDB maranhense.

Edivaldo Holanda Junior, ex-prefeito de São Luís e o senador Roberto Rocha, articulando as candidaturas, aparecem bem em pesquisas recentes, embolando as posições na ponta de cima da tabela, juntamente com Lahesio Bonfim, que atrai a ala bolsonarista e anti-Dino, este já em plena pré-campanha, tendo visitado vários municípios maranhenses. Josimar de Maranhãozinho também aparece em posição mediana.

Corre por fora o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, que não vem pontuando bem nas pesquisas, mas se coloca como possibilidade de um nome de consenso do grupo do governador, embora tenha feito duras críticas à postura de companheiros de jornada e “adversários” de pré-campanha. Simplício se destacou em várias ações de combate à pandemia da Covid-19, atuando junto à iniciativa privada e conseguindo avanços importantes para o Maranhão.

Logicamente muita água ainda vai rolar e a política não é algo estático, muito menos ciência exata, assim sendo todos os quadros podem mudar repentinamente ou mesmo lentamente, o que vai depender de apoios, de costura política, de habilidades de cada um.

Porém o que se pode afirmar hoje que o cenário é mais favorável a Brandão, que se mantém entre os primeiros nas pesquisas, terá candidatura sentado na cadeira de governador e parece ter a predileção do líder Flávio Dino.

É pertinente ressaltar que Flávio Dino não definiu a quem dará seu apoio (e de seu grupo), o que é determinante para a dinâmica da corrida sucessória, podendo até ser fator decisório no resultado final do pleito.

Mas como já assinalado, política é uma coisa muito dinâmica e ainda estamos na reta inicial das movimentações. Vamos aguardar!!!

*Nilton Lee

Jornalista e Especialista em Marketing Político e Eleitoral